A Polícia Federal (PF) cumpriu 12 mandados judiciais da 27ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo desde a madrugada desta sexta-feira (1º). Foram presos temporariamente Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT, e Ronan Maria Pinto, dono do jornal “Diário do Grande ABC” e de empresas do setor de transporte e coleta de lixo.
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi alvo de condução coercitiva – quando uma pessoa é levada a depor sem possibilidade de recusar. Ele chegou à sede da PF em São Paulo por volta das 8h, escoltado por agentes federais. Também foi alvo de condução coercitiva o jornalista Breno Altman, que foi levado para a sede da PF em Brasília.
A assessoria de imprensa de Ronan disse, em nota, que o empresário sempre esteve à disposição das autoridades de forma a esclarecer com total tranquilidade e isenção as dúvidas e as investigações do âmbito da Operação Lava Jato, assim como a citação indevida de seu nome. “Inclusive ampla e abertamente oferecendo-se de forma espontânea para prestar as informações que necessitassem”, diz a nota.
Em nota publicada em sua página no Facebook, o jornalista Breno Altman diz que prestou depoimento “em clima cordial e respeitoso”, porém criticou a condução coercitiva. “Minhas declarações sobre a investigação em curso, no entanto, poderiam ter sido tomadas através de intimação regular, com data e horário determinados pelas autoridades. O fato é que jamais tinha recebido qualquer convocação prévia para depor”, diz a nota.
Altman também diz que orientou seus advogados “a entrarem com uma ação no Conselho Nacional de Justiça contra o juiz Sergio Moro, pela ilegalidade de minha condução coercitiva, em decisão prenhe de ilações e especulações”.