O vice-presidente da República Michel Temer afirmou em entrevista ao jornal norte-americano “New York Times” que está “muito preocupado” com a tese da presidente Dilma Rousseff de que há um “golpe” no Brasil em razão do processo de impeachment que ela enfrenta na Câmara dos Deputados.
Em Nova York (EUA) para participar de um evento da ONU sobre mudanças climáticas, Dilma deve aproveitar a viagem para denunciar à comunidade internacional o “golpe em curso”, tese que vem sendo defendida pelo governo desde o ano passado, sob a alegação de que não há base jurídica para o afastamento.
Com o intuito de fazer um contraponto a ela, Temer deu entrevistas a veículos de comunicação estrangeiros para negar que o impeachment é um golpe. Ao “The Wall Street Journal”, por exemplo, ele afirmou que “cada passo” do processo está de acordo com a Constituição.
“Eu estou muito preocupado com a intenção da presidente de dizer que o Brasil é uma república menor onde golpes estão em curso”, afirmou Temer ao “NYT”.
Numa entrevista de 30 minutos, como relata o jornal, Temer voltou a dizer que o processo de impeachment de um presidente da República no Brasil é permitido pela Constituição.
Em outro trecho, o presidente em exercício declarou que não quer parecer que ele “conspira” pela queda de Dilma, e ressaltou que passou os últimos anos no “ostracismo”. O peemedebista observou ainda que não se tornou “amigo” da presidente porque ela não se considerava amiga dele.
G1