O presidente da Comissão Especial de Impeachment, agora transformada em Comissão Especial Processante, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), se reuniu na tarde de ontem (12) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para tratar dos próximos passos do processo.
A reunião ocorreu na Sala da Presidência do Senado, com a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-PA), dos senadores Antonio Anastasia, Eunício Oliveira, entre outras lideranças partidárias no Congresso Nacional.
Na ocasião, Raimundo Lira informou que a Comissão Especial de Impeachment passa a se chamar agora Comissão Especial Processante. Como presidente, Lira disse que, já na próxima semana, deve ter reuniões de trabalho com o relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Ele também anunciou uma reunião com Lewandowski, no STF, na terça-feira (17), às 16h.
- Temos até 180 dias, mas eu tenho dito que nós não temos a intenção de usar todo esse prazo, porque criaria uma expectativa na população brasileira. Por outro lado, não vamos acelerar nem encurtar o prazo a ponto de prejudicar a ampla defesa dos acusados — declarou Lira.
Raimundo Lira, além e antecipar que a segunda fase do processo contra Dilma Rousseff não deverá durar seis meses, lembrou que o Congresso Nacional não terá recesso de julho para não interromper as investigações, que serão comandadas pelo presidente do STF.
Para ele, a presença do ministro é forma de garantir a isenção e a independência do julgamento da presidente afastada, Dilma Rousseff, no Senado.