Após passar a manhã desta quarta-feira (10) reunida com seu assessor especial Giles Azevedo no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff decidiu convocar parte de seus ministros mais próximos para uma reunião no início da tarde na residência oficial da Presidência.
A expectativa é que participem do encontro os ministros Jaques Wagner (chefe de gabinete) e José Eduardo Cardozo (Advogacia-Geral da União), dois de seus principais conselheiros políticos.
O plenário do Senado deve decidir ainda nesta quarta-feira, em votação no plenário principal da Casa, se instaura ou arquiva o pedido de impeachment de Dilma. Caso a maioria dos senadores decida dar sequência ao processo, a presidente deverá ser afastada do Palácio do Planalto por até 180 dias e, neste período, o vice Michel Temer assumirá a Presidência.
Na manhã desta quarta, enquanto os senadores se revezavam nos microfones do plenário do Senado para se manifestar sobre o processo de afastamento, o chefe de gabinete de Dilma convocou os 32 integrantes do primeiro escalão para um balanço do governo no Palácio do Planalto. Segundo interlocutores de Jaques Wagner, ele pediu que os colegas da Esplanada dos Ministérios elaborem relatórios sobre o andamento de sua pastas para levar à presidente da República.
Ainda de acordo com assessores de Wagner, os ministros avaliaram no encontro que, já que Dilma pretende se pronunciar sobre a decisão do Senado, seria melhor se ela falasse somente nesta quinta (11). No entanto, ainda não está definido quando ela irá fazer o pronunciamento e nem se a manifestação ocorrerá por meio de cadeia nacional de rádio e TV ou apenas por meio das redes sociais.