O Ministério das Cidades liberou, na noite desta segunda-feira (13), R$ 3,8 milhões do Governo Federal para que o Governo da Paraíba dê continuidade as obras do viaduto Geisel, em João Pessoa. A informação foi divulgada através de nota do ministério. Na manhã desta terça-feira (14), deputados estaduais repercutiram a polêmica na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Veja vídeo abaixo.
Para o deputado Gervásio Filho (PSB), há uma clara retaliação política do governo Michel Temer. Ele atacou as posições do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que defendeu o posicionamento do ministro das Cidades, Bruno Araújo. Gervásio, em entrevista coletiva, também atacou o deputado federal Manoel Júnior (PMDB), acusando de “omissão”.
O deputado estadual Raniery Paulino (PMDB) lembrou que nesta quarta-feira (15), a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) estará em João Pessoa, numa audiência pública promovida pela ALPB e pode esclarecer esse assunto. “Ela pode explicar, por exemplo, porque em três anos de gestão só liberou R$ 200 mil para essa obra”, alfinetou.
Na nota, o Ministério das Cidades diz que cumpre o compromisso e autorizou o pagamento de R$ 3,8 milhões atribuídos à obra do viaduto Giesel. O valor liberado equivale ao percentual executado até o último boletim de medição da obra (22,9%), enviado pela Caixa Econômica Federal ao Ministério das Cidades, que dá o embasamento para a transferência do recurso. Após essa autorização de liberação da verba, a instituição financeira está apta a creditar o depósito na conta do Estado da Paraíba, para que efetuem o pagamento ao fornecedor. À medida que novas medições cheguem ao Ministério das Cidades, atestadas pela CEF, o Estado se habilita para novos recebimentos”, diz a nota.
Na Assembleia Legislativa, o líder do governo, deputado Hervázio Bezerra (PSB), apresentou um requerimento de voto de repúdio ao ministro das Cidades. Na sexta-feira passada (10), o governador Ricardo Coutinho havia acusado o Ministério de cortar R$ 17,5 milhões para obras do viaduto. Em nota, o ministro Bruno Araújo disse que o gestor paraibano cobrava um privilégio indevido do Ministério, pois a retenção dos recursos apenas respeitava a medição da obra.
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