O trabalho desenvolvido pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB) como presidente da Comissão Especial do Impeachment, vem lhe dando uma projeção nacional bastante positiva, devido a posição sempre serena e democrática que atua na condução dos trabalhos. Nesta segunda-feira (20), foi à vez do portal nacional ‘O Antagonista’ que o entrevistou sobre os prazos e a forma positiva como vem lhe atuando junto aos demais colegas senadores.
De acordo com o portal, Raimundo Lira os prazos serão cumpridos e os trabalhos devem ser conclusos até agosto. “Vamos cumprir o cronograma. Se for preciso fazer reuniões de 15 horas todos os dias, vamos fazer. Faltam 24 testemunhas de defesa serem ouvidas, segundo ele. E a meta é concluir essa fase nesta semana.”
Em outro tópico sobre o árduo trabalho de lidar com as posturas algumas vezes exaltadas de alguns membros da comissão o parlamentar paraibano respondeu que sabe o que está fazendo.
“A firmeza tem de ser relativa. Todo excesso provoca uma reação negativa. Às vezes, parece que as coisas vão desandar, mas estamos seguindo o cronograma e vamos concluir os trabalhos”, afirmou Lira.
Horas de trabalho – Desde o afastamento da presidente Dilma Rousseff, no dia 12 do mês passado, a comissão especial do impeachment do Senado presidida pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB) já esteve reunida por mais de três dias completos. A marca de 72 horas de trabalhos, somados, foi ultrapassada às 19h51 ontem (20), durante a 10ª sessão realizada na atual fase do processo, na qual estão sendo ouvidas testemunhas convocadas pela defesa. Os prazos da comissão têm sido alvo de disputas entre senadores pró e contra o impeachment. Segundo Raimundo Lira o cronograma já definido pela comissão vai ser respeitado. “Vamos cumprir o cronograma. Se for preciso fazer reuniões de 15 horas todos os dias, vamos fazer. Faltam 24 testemunhas de defesa serem ouvidas, segundo ele. E a meta é concluir essa fase nesta semana”, afirmou Lira.
Enquanto os denunciantes e opositores de Dilma acusam a defesa de tentar atrasar o processo para que a petista retorne à Presidência sem que o julgamento tenha sido encerrado, ao fim do prazo constitucional de 180 dias, aliados criticam a falta de questionamentos dos adversários às testemunhas de defesa.
Até o momento, os membros da colegiado assistiram a 22 depoimentos, sendo dois da acusação, quatro solicitados pelos próprios senadores, e 16 pelo advogado de Dilma, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.