O promotor do Meio Ambiente da Capital, José Farias, confirmou a versão da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) de que o projeto da Prefeitura de João Pessoa para revitalização da barreira do Cabo Branco estava incompleto. Ele também afirmou que a gestão municipal não tem recursos suficientes para executar toda a obra.
“O projeto estava incompleto. Faltava nele a drenagem da Estação Ciência, que tem uma bacia coletora de águas pluviais e essa destinação precisa ser estudada. Faltam os impactos que já foram causados por essa bacia de acumulação de águas da Estação Ciência. São estudos que precisam e podem ser feitos pelo Laboratório de Estudos Ambientais da UFPB a curto prazo”, observou.
Ele também alertou que o custo total para a intervenção na barreira do Cabo Branco é de R$ 70 milhões, mas a prefeitura só tem em caixa R$ 6 milhões e conta com a liberação de uma emenda parlamentar no mesmo valor.
“Falta dinheiro. Há um ano, a Prefeitura disse que tinha R$ 6 milhões e tinha a emenda de mais um deputado, com mais R$ 6 milhões, somando R$ 12 milhões para um projeto que custa R$ 70 milhões. Esses R$ 12 milhões, seriam suficientes, segundo projeto apresentado pela Prefeitura, para a drenagem”, declarou.
O promotor, que acompanha as discussões sobre a erosão da falésia do Cabo Branco há pelo menos 14 anos, ainda cobrou consenso entre a Sudema e a Prefeitura de João Pessoa para encontrar soluções mais adequadas e menos impactantes para a área.