Nove mortes de pacientes com influenza A (H1N1) foram confirmadas e 15 estão sendo investigadas na Paraíba entre os dias 1º de janeiro e 28 de maio, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). No boletim divulgado anteriormente, oito mortes tinham sido confirmadas.
As mortes aconteceram nos municípios de Alagoinha (1), Baía da Traição (1), Cacimba de Dentro (1), Campina Grande (1), João Pessoa (2), Maturéia (1), Sousa (1) e Mogeiro (1). Dez mortes foram descartadas para o agente etiológico de influenza.
Até o mesmo período, segundo o boletim, foram notificados 176 casos para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e, destes, 19 (10,7%) foram confirmados para influenza A (subtipo H1N1), o mesmo que circula desde 2009. Entre os casos notificados até o momento, em 31 deles (17,6%) foi descartada a presença do vírus de influenza. Os demais seguem em investigação.
Ainda segundo o boletim epidemiológico, houve um aumento nos registros confirmados de pessoas que adoeceram com SRAG e que apresentaram o agente etiológico de influenza A (subtipo H1N1). Ele mostra que o ano de 2016 tem quatro casos notificados a mais que o ano de 2009, quando foi registrada a epidemia de H1N1 no Brasil e a pandemia mundial.
Entretanto, segundo explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega., atualmente as notificações realizadas por SRAG englobam um número maior de doenças respiratórias, o que eleva o número de casos notificados. “O objetivo é conhecer o comportamento não só das doenças ocasionadas pela influenza, como também das pneumonias, diferente do ano de 2009, quando as notificações eram feitas apenas para a influenza pandêmica H1N1”, ressaltou.
Imunização
Entre as medidas de prevenção, destacou-se a campanha de vacinação contra a influenza (gripe) que ocorreu no período de 30 de abril a 20 de maio deste ano em todas as unidades de saúde dos 223 municípios do estado. A campanha de vacinação foi direcionada, conforme diretrizes do Ministério da Saúde, aos seguintes grupos prioritários: crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas, trabalhadores de saúde, povos indígenas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independe da idade.
O Ministério da Saúde preconiza aos estados que a cobertura mínima de 80%, e a Paraíba atingiu a cobertura vacinal de 88,50% totalizando 755.045 dos grupos prioritários imunizados.