O jornalista Luís Tôrres, secretário de Comunicação do Estado, reagiu com indignação a informação repassada à imprensa pela Prefeitura de João Pessoa, afirmando que a Superintendência do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema) teria “arquivado” o projeto executivo de contenção da barreira do Cabo Branco.
Segundo o secretário, a Prefeitura da Capital tem tentado a todo custo passar à opinião pública uma versão que não corresponde à verdade, já que até agora não entregou à Sudema a documentação necessária para que o órgão estadual possa emitir a licença ambiental que possibilite o início das obras de contenção de falésia do Cabo Branco.
“Talvez, por incompetência ou má fé mesmo, a Prefeitura mente mais uma vez. Primeiro, mentiu quando disse que entregou o projeto executivo completo à Sudema. Ora, o próprio engenheiro (Pedro Antônio Molinas) da empresa (Acquatool Consultoria) contratada pela Prefeitura para elaborar o projeto desmentiu essa versão, quando afirmou, em entrevista (exclusiva ao Paraíba Já), que faltavam os estudos ambientes para complementar o projeto. E agora a Prefeitura novamente falta com a verdade com essa estória de arquivamento, pois não se arquiva o que não se existe”, pontou o secretário.
Saiba mais
A polêmica em torno da barreira do Cabo Branco vem ocupando o noticiário local depois que o Jornal Nacional, da TV Globo, exibiu uma reportagem na semana passada mostrando que a obra de contenção da falésia, prometida pela Prefeitura de João Pessoa em 2014, ainda não saiu do papel.
Diante da repercussão da reportagem exibida em rede nacional, a Prefeitura de João Pessoa tentou responsabilizar a Sudema por não ter começado a obra, usando como justificativa o fato de o órgão estadual ainda não ter emitido a licença ambiental para o início dos serviços.
A Sudema, por sua vez, desmentiu os argumentos da Prefeitura e exibiu uma série de documentos comprovando que o projeto entregue no órgão estava incompleto. Dias depois, o engenheiro Pedro Antônio Molinas, contratado pela gestão municipal para elaborar o projeto, confirmou que os estudos ambientais requeridos pela Sudema não haviam sido feitos.