A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), disse no pedido de prisão do pastor Felipe Garcia Heiderich, líder da Aliança Mundial de Evangelização e Ensino, suspeito de abusar do enteado de 5 anos, que ele mostrou “alto grau de perversão”. Segundo o documento, assinado pela policial, “a prisão do indiciado é imprescindível, uma vez que o indiciado é acusado de ter cometido crime gravíssimo, inclusive considerado hediondo”. Felipe nega as acusações.
Cristiana destacou ainda que o pedido deveria ser acolhido pela Justiça para evitar “assim que outras crianças sejam abusadas pelo acusado”. A solicitação da delegada foi aceita pela Justiça. O juiz da 17ª Vara Criminal Paulo César Vieira Carvalho Filho decretou a prisão temporária por 30 dias do pastor. Felipe está detido no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, desde o dia 5 deste mês. Ele está isolado em uma cela da Cadeia Pública José Frederico Marques (Bangu 10).
O pedido de prisão, que foi endossado pelo Ministério Público, levou em conta ainda as avaliações psicológica e psiquiátrica da criança, feitas por dois profissionais. Segundo as investigações, foi constatado que os abusos ocorreriam durante o banho da criança.
Quem foi à delegacia denunciar os abusos foi a esposa de Felipe, a pastora Bianca Toledo. A defesa do pastor entrou com um pedido de habeas corpus, que foi negado pela Justiça.
‘Falso pastor’, diz senador
Nesta quarta-feira, o senador e pastor Magno Malta (PR-ES) classificou Felipe como “falso pastor”, durante um pronunciamento feito em Brasília, e disse que foi pressionado por lideranças religiosas a denunciar o caso.
“O fato é que a pastora Bianca Toledo, casada com o senhor Felipe Heiderich, ela descobriu que esse pastor, falso pastor, estava abusando de seu filhinho de 5 anos de idade”, disse o senador. Segundo Magno, Felipe, após saber que a esposa estava ciente dos abusos, tentou se matar e confessou ter cometido o crime.
Advogado diz que acusações são ‘inteiramente falsas’
Por meio de uma nota publicada no perfil de Felipe Heiderich no Facebook, seu advogado, Leandro Meuser, se manifestou sobre as acusações que recaem sobre o pastor, que liderava ao lado da ex-mulher, Bianca Toledo, o Ministério AME (Aliança Mundial de Evangelização e Ensino), com sede no Rio de Janeiro.
“Na qualidade de Advogado de Felipe G. Heiderich Segundo venho a público informar que as acusações formuladas contra Felipe são inteiramente falsas e que a polícia saberá investigar para ao final esclarecer a verdade. Informamos ainda que não iremos em busca da mídia para promover qualquer de nossos interesses, iremos sim provar a inocência de Felipe nos autos do inquérito policial, confiando no trabalho da Policia e da Justiça! Orem por Felipe para que ele tenha forças para superar essa grave injustiça, e peçam a Deus que ele faça apenas JUSTIÇA, nada mais!”, escreveu o advogado.
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