O promotor Francisco de Assis Santiago, que atua no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, em Minas Gerais, deve encaminhar à Justiça, ainda nesta quinta-feira, um pedido de abertura de um processo pelo crime de homicídio contra Gustavo Correa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann.
O posicionamento do promotor vai contra o entendimento da Polícia Civil de Minas Gerais de que o cunhado da apresentadora de televisão havia agido em legítima defesa ao matar Rodrigo Augusto de Pádua, de 30 anos, autor de um atentado contra a modelo.
— Pretendo encaminhar a minha denúncia até o fim do dia — afirmou Santiago, que não quis passar mais detalhes do caso.
A Polícia Civil, após investigações, concluiu que a intenção de Rodrigo era possivelmente matar a apresentadora e sugeriu, antes de enviar à Justiça, o arquivamento do inquérito. No entanto, se a Justiça acatar a denúncia do promotor, Gustavo passa a ser réu no caso.
A asssessoria de imprensa de Ana Hickmann informou que os familiares da apresentadora não irão se pronunciar sobre o caso, pois ainda não foram notificados pela Justiça.
— Nós, a defesa, não podemos nos pronunciar sobre o que esse promotor vai denunciar. Talvez, só tenhamos um parecer no fim dia — acrescentou Maurício Bemfica, advogado da família de Ana Hickmann.
O EXTRA entrou em contato com Giovana Oliveira, cunhada de Ana Hickmann, que disse que ela e o marido não iriam falar com a imprensa sobre caso e que qualquer comunicado sobre o caso será feito pela defasa da família. Ela garantiu que, após o atentado, passa bem.
— Está tudo em ordem, graças a Deus. Eu passo bem. Mas preferimos não falar sobre isso (a denúncia do promotor) — afirmou.
O atentado contra Ana Hickmann aconteceu no dia 21 maio, no Hotel Caesar Business, no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, quando Rodrigo entrou no quarto onde a apresentadora estava com a cunhada Giovana Oliveira, e o marido de Giovana, Gustavo Correa, que é irmão do marido de Ana Hickmann. Ele rendeu o rapaz e, em seguida, atirou três vezes contra o invasor, que não resistiu aos ferimentos.
Antes de ser morto, Rodrigo fez disparos no quarto e um tiro atingiu Giovana. Ela ficou mais de dez dias internada e foi liberada do hospital no dia 2 de junho.
“Era a minha obrigação de homem com duas mulheres no quarto. Não quero que digam que sou herói”, afirmou Gustavo, à revista Veja, sobre o caso. “(Ele) Falava várias loucuras. Dizia por exemplo que a Ana Hickmann mandava beijos com biquinho nas redes sociais especialmente para ele. Disse que uma vez ele elogiou um vestido amarelo no Instagram e no outro dia ela estava usando aquele vestido, que aquilo tudo era para ele. Enquanto isso, apontava o revólver 38 carregado de balas. Depois vi que as balas eram novinhas, nada de bala vagabunda. Foi tudo premeditado para matar e, acho, se matar em seguida. Em determinado momento, a Ana desmaiou nos braços da Giovanna. Ele avançou e parti para cima”, contou Gustavo.
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