O acidente que gerou a morte de três pessoas na BR-230 no dia 21 de maio foi provocado por excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica, além do Corolla prata ter batido sozinho, com a colisão sendo provocada pelo motorista, que foi um dos mortos. Essa foi a conclusão do trabalho da perícia, apresentado na manhã desta terça-feira (5). Segundo a delegada Roberta Neiva, foram descartadas todas as teses de que o veículo fugia de um assalto ou participava de um ‘racha’.
Thiago Nogueira e Meiryelli Egito, ocupantes do Corolla, morreram na hora do acidente e José Ferreira, que conduzia o Corsa que foi atingido morreu no Hospital de Emergência e Trauma quatro dias depois. Uma quarta vítima, Jovelino Ferreira da Costa, também ficou ferido e contou que “foi tão rápido, foi coisa de segundos”. “Quando dei fé, a gente já tava tudo dentro das ferragens”, contou dias após o acidente.
Segundo Roberta Neiva, “o trabalho foi bastante árduo”, mas a “instrução do inquérito harmoniza perfeitamente com a perícia”, citando que os dados técnicos confirmaram os testemunhos.
Durante as investigações, a delegada já tinha identificado que Thiago já acumulava 21 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ficou constatado que os pontos acumulados foram motivados por três infrações diferentes. “Os artigos que aparecem nos documentos do Detran se referem a embriaguez no volante, ao transporte de criança sem a segurança necessária e ultrapassagem em local proibido”, disse.
A Polícia Rodoviária Federal também chegou a investigar a participação de um terceiro veículo no acidente, uma caminhoneta Hilux, que estaria perseguindo ou disputando um “racha” (corrida ilícita entre veículos) com o Corolla. De início, a polícia investigou a possibilidade do acidente ter sido causado pelo racha, mas após o depoimento do sobrevivente, levantou-se a suspeita de que o carro estaria sendo perseguido. Com a conclusão do inquérito, as duas possibilidades foram descartadas.
G1