Triunfo político do governador Geraldo Alckmin, a vitória de João Doria no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo trouxe à tona a rivalidade no PSDB. Na legenda tucana, o resultado na maior cidade do país, que fortaleceu Alckmin como possível candidato à Presidência em 2018, precipitou nos bastidores uma disputa que, a princípio, ocorreria somente no ano que vem. Em maio de 2017, o partido vai eleger uma nova direção Executiva Nacional.
E o comando do partido é considerado um grande trunfo para a definição do próximo presidenciável tucano. Além do governador paulista, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, e o senador Aécio Neves (MG) postulam a indicação do partido como candidato em 2018.
Logo após o resultado em São Paulo, Alckmin introduziu o tema sucessão presidencial ao defender as prévias partidárias. Aécio, que é o atual presidente nacional do PSDB, foi na mesma linha na segunda-feira. “No nosso estatuto, estão previstas as prévias. A prévia pressupõe uma questão para que exista mais de uma candidatura colocada formalmente. Se isso ocorrer, dentro do que estabelece o estatuto do partido, ela deve ser vista como uma oportunidade de um debate democrático”, disse o senador em Belo Horizonte.
Doria não contou com o apoio do grupo de Serra e, somente na reta final, recebeu manifestações de outros caciques tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Aníbal (SP).
Cotado para substituir Aécio no comando do PSDB em 2017, o senador Cássio Cunha Lima (PB) também considerou que o partido deve se concentrar nas disputas de segundo turno. “É preciso esperar que se encerre o processo eleitoral. Não tem lógica fazer uma discussão interna, quando se está num embate externo”, disse.
O PSDB ainda disputa o segundo turno em oito capitais brasileiras: Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Belém e Porto Velho.