Vergonha alheia. Este é o sentimento do governador Ricardo Coutinho (PSB), em entrevista na noite desta segunda-feira (17), alegou ter diante da possibilidade do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o presidente do PSDB da Paraíba, Ruy Carneiro, em recepcionarem o ministro das Cidades Bruno Araújo no viaduto Eduardo Campos, mais conhecido como “Viaduto do Geisel”. Para Ricardo, é “muita cara de pau” dos líderes tucanos paraibanos realizarem essa recepção na obra por serem os responsáveis por influenciar negativamente no bloqueio de recursos para a execução da obra do viaduto.
“Eu morreria de vergonha. É impressionante como pessoas que tem mandato fiquem com jogo de vai e vem, de fofoca, envenenando pessoas e prejudicando a Paraíba. Eu nunca vi isso! É preciso que se dê nome aos bois, para que se pare de envenenar a relação que deve ser republicana entre o Estado e a União. É surreal. Como é que alguém que conspira o tempo todo contra, que tenta barrar a obra e chega pra população achando que ela não tem o mínimo de compreensão das coisas. É surreal”, afirmou o governador.
Ainda no programa, foi exibido um ofício de autoria do senador Raimundo Lira (PMDB) encaminhado ao ministro Bruno Araújo cobrando a liberação de verbas referentes à segunda e terceira medições do Viaduto do Geisel, com estimativa para acontecer entre 26 de setembro e 3 de outubro, o que não ocorreu.
“Lira tem sido um bombeiro, enquanto outras pessoas trabalham contra, agem como incendiários. Tiveram tanto tempo para fazer e não fizeram”, alfinetou Ricardo Coutinho.
Ele ainda voltaria a criticar Cássio sobre o mesmo tema, afirmando que o senador tucano pratica “a velha política”: “”Eu recebo ministros porque meu cargo exige isso, mas eu não me passo para participar de determinados circos, como os armados pelo PSDB, que não têm nada para mostrar e usam argumentos pouco republicanos porque o Estado é governado por alguém que não pensa da maneira deles! Ah, se eu tivesse tido o apoio que Cássio teve no governo do ex-presidente Lula. Mas, não tem um item que possa ser comparado na gestão dele e na minha. Mas, ainda assim, estou numa guerra aberta porque o governo federal não repassa recursos. Talvez o presidente nem saiba e seja algo feito no ministério a pedido do PSDB. Se ele faz isso, é porque talvez não tenha o que fazer em Brasília”.