A polícia internacional (Interpol) está procurando o empresário Eike Batista. E não só nos Estados Unidos, pra onde ele embarcou na última terça-feira (24), mostrou reportagem exclusiva do Jornal Nacional. O telejornal também exibiu nesta sexta-feira (27) imagens exclusivas do embarque do empresário.
O vídeo mostra Eike de calça jeans e paletó preto chegando para embarcar no aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). A câmera de segurança registrou a entrada dele no setor de embarque.
Eike Batista pegou o vôo numero 974 da companhia American Airlines com destino a Nova York. O horário de partida era 11h30.
Três dias depois de sair aqui da casa dele para embarcar para os Estados Unidos, Eike Batista passou a ser alvo de buscas no exterior. Agora, em vários países, a polícia tenta encontrar e prender o empresário. Eike Batista tem cidadania alemã. A polícia investiga também se ele já deixou os Estados Unidos. A Alemanha não tem acordo de extradição com o Brasil.
O advogado de Eike Batista esteve hoje no Ministério Público Federal. Ele não quis gravar entrevista, mas contou ao repórter Pedro Bassan que foi negociar as condições para o cliente se entregar. O Ministério Público Federal, por sua vez, negou que esteja negociando condições para Eike se entregar. Um representante do empresário também esteve na Superintendência da Polícia Federal e disse à Globonews que foi pedir um “voto de confiança”.
“Há, naturalmente uma preocupação dele ir pra outro país, notadamente a Alemanha, na qual ele tem a cidadania, por isso que medidas tão sendo adotadas no sentido de procurá-lo. E, uma fez encontrado, capturá-lo pra seu retorno ao Brasil”, diz Tássio Muzzi, delegado da Polícia Federal.
Nesta quinta, quando os policiais federais chegaram à mansão do empresário para cumprir o mandado de prisão preventiva, foram recebidos por funcionários. Fontes da operação Eficiência disseram que o filho mais velho dele , Thor Batista, estava em casa.
Eike Batista é acusado, pelo Ministério Público Federal, de corrupção ativa. Segundo os procuradores , em 2011, o empresário pagou 16 milhões e meio de dólares a Sérgio Cabral, o equivalente a 52 milhões de reais.
O dinheiro foi depositado para o ex governador numa conta no Uruguai. Os investigadores afirmam que o pagamento foi pela boa vontade de Sérgio Cabral com os negócios de Eike Batista, mas ainda não sabem, ao certo, que vantagens o empresário recebeu em troca dos milhões.
Francisco de Assis Neto, o Kiko, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores financeiros do esquema, continua foragido e também está na lista de procurados da Interpol. O advogado disse que ele está com a mulher e os filhos nos estados unidos, fazendo cursos e que Francisco está tentando antecipar a volta ao brasil pra se apresentar às autoridades.
G1