O Batalhão de Polícia Ambiental apreendeu mais de 500 caranguejos-uçá, nesse domingo (29), durante operação nas feiras livres de João Pessoa, Bayeux e Santa Rita. Neste período está proibida a captura do animal, pois acontece a “andada”, que é quando a espécie sai das galerias para o acasalamento e liberação de ovos.
De acordo com o comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, major Tibério Pereira, o período defeso é definido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). “Temos intensificado o trabalho de fiscalização para coibir a captura e a comercialização do caranguejo-uçá neste período, com operações nas feiras livres e o patrulhamento aquático nas áreas ribeirinhas, buscando não só punir, mas também orientar às pessoas”, disse.
O oficial contou que já foram mais de 12 mil caranguejos resgatados no período defeso e soltos nos mangues, de janeiro de 2015 até agora. “Quem é pego vendendo ou comprando neste período é obrigado a apresentar uma declaração de estoque expedida pelo Ibama. Caso não apresente, pode pagar multa de R$ 700 até R$ 100 mil e até mesmo pegar de um a três anos de detenção”, alertou.
Período defeso – O período em que fica proibida a captura do caranguejo-uçá é de 6 a 11 e de 21 a 26 de janeiro; de 4 a 9 e de 19 a 24 de fevereiro; e de 6 a 11 e de 21 a 26 de março. Um dos fatores que tornam a captura ilegal é quando é feita com o uso da redinha, que pega o caranguejo-uçá indiscriminadamente, causando dano ao meio ambiente.
Além disso, é proibida também a captura de caranguejo-uçá quando a espécie tem menos de seis centímetros de carapaça, medida que vai de uma pinça a outra, já que de acordo com os parâmetros técnicos estabelecidos pelo Ibama, abaixo dessa dimensão se configura captura de filhote, o que também é proibido.