O servente de pedreiro Iago Felipe, 23 anos, foi executado por sete homens pertencentes a uma facção nas margens do Rio Sanhauá, no limite entre as cidades de João Pessoa e Bayeux. De acordo com o cabo Weldson Melo, da Polícia Militar, os suspeitos renderam a vítima e perguntaram se era tio de um presidiário. Após o ajudante de pedreiro informar que era parente do detento, foi baleado pelo menos duas vezes no rosto. O corpo de Iago foi encontrado na tarde de terça-feira (7).
De acordo com parentes e amigos de Iago Felipe, o sobrinho dele havia se envolvido em uma confusão na comunidade do Tanque, em João Pessoa, e efetuou tiros. No tiroteio, um dos disparos acabou atingindo uma criança. A Polícia Militar acredita que a morte do servente de pedreiro tenha sido em vingança pelo crime cometido pelo sobrinho. As comunidades Sasá e Tanque são rivais, ainda de acordo com a PM.
Conforme informações repassadas por familiares de Iago Felipe à polícia, ele estava desaparecido desde segunda-feira (6). A irmã da vítima, Jeane Santos, afirmou que entrou em contato com a polícia, mas foi informada que deveria esperar para que o desaparecimento atingisse 24 horas para notificar a polícia novamente.
“O amigo dele chegou na casa da minha mãe falando que sete caras tinham levado ele para essa comunidade chamada Vila do Tanque. Começamos a ligar para o Ciop [Centro Integrado de Operações Policiais], mas eles falaram que só podiam fazer alguma coisa depois de 24 horas, só que a gente já sabia que ele estava morto”, relatou.
Iago Felipe Lima havia saído na segunda-feira para dar entrada em documentos no Ministério do Trabalho e Emprego. Ele morava no condomínio Sasá, às margens da via Acesso Oeste, em João Pessoa com a esposa, que está grávida, e dois filhos. De acordo com a Polícia Militar, o servente de pedreiro não tinha antecedentes criminais.
Redação, com G1 PB