Um suspeito de estelionato foi preso em flagrante no bairro dos Bancários, em João Pessoa, nesta sexta-feira (17). Segundo a Polícia Civil, ele negociava veículos roubados e ainda ameaçava as vítimas de morte. Quando foi preso após denúncia de uma vítima, ele estava em posse de uma caminhonete e uma moto, avaliadas em R$ 160 mil. Outras seis vítimas já foram identificadas, mas a polícia suspeita haver mais.
O homem responde por um homicídio de 2014. A polícia teve acesso a conversas e anúncios dele na internet e estima que os prejuízos que ele causou ultrapassem os R$ 400 mil.
A polícia civil fez trabalho de monitoramento em frente ao apartamento do suspeito, de 36 anos. No início da tarde desta sexta-feira, o homem foi abordado ao entrar na sua residência. Um casal denunciou o estelionatário depois de negociar uma caminhonete e uma moto com ele, em dezembro do ano passado.
“O casal fez a negociação sem saber que ele tinha envolvimento com esse tipo de crime. Todo mês o criminoso dava uma desculpa dizendo que pagaria o valor acordado no mês seguinte e nunca pagava. Até que o casal descobriu que ele tinha anúncios de outros veículos na Internet e disse a ele que o denunciaria à polícia”, relata o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa.
O delegado contou que o suspeito dizia não temer a polícia e “ameaçava as vítimas caso elas o denunciassem. Eles procuraram a polícia e conseguimos efetuar a prisão do suspeito hoje”. O homem está preso na delegacia e aguarda audiência de custódia, marcada para segunda-feira.
Lucas Sá também acredita que ele não trabalhe sozinho, mas ainda não foram encontradas evidências que confirmem essa hipótese. “O suspeito foi autuado pelos crimes de posse irregular de arma de fogo, porte ilegal de arma, apropriação indébita, estelionato, ameaça e crime contra a saúde pública, pois foram encontradas caixas de um medicamento controlado na sua residência”, conclui o delegado.
Modus operandi
Segundo o delegado, o suspeito negociava carros na prática chamada de “chiquita”, que consiste em negociar carros financiados cujas parcelas não seriam pagas pelos compradores. Quem comprava os carros, circulava com eles até serem pegos em blitze ou até alguma medida judicial de restrição ser deferida.
Segundo o delegado, o preso ainda repassou dois carros financiados em seu nome, omitindo o financiamento dos compradores. Dessa forma, quem pegava os veículos não tinha como passar os carros para o seu nome. Quando as vítimas descobriam a fraude, Flaviano passava a enviar fotos de pessoas mortas pelo WhatsApp e dizer que havia comprado duas pistolas – sendo que uma delas era uma réplica.
G1 PB