A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta-feira (30), em João Pessoa, 14 suspeitos de desviar mais de R$ 100 mil com a prática do ‘golpe do massageador’. O bando, composto por pessoas da Paraíba, Pernambuco, Maranhão, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, mantinha escritório e depósito de equipamentos no bairro de Jaguaribe. Vários documentos que comprovam as fraudes foram apreendidos.
Segundo o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações, a quadrilha tinha atuação em vários estados há pelo menos oito meses. Estima-se que pelo menos 1.500 aparelhos tenham sido comerciados de forma fraudulenta no país, gerando prejuízo superior a R$ 2,7 milhões.
Na Paraíba o golpe vinha sendo praticado há aproximadamente um mês, já tendo feito mais de 50 vítimas e obtido lucro superior a R$ 100 mil. As negociações aconteceram em João Pessoa, Patos e Cajazeiras.
Ainda conforme o delegado, o ‘golpe do massageador’ consistia na venda de aparelhos por valores exorbitantes, utilizando de informações falsas para justificar os preços. “Os suspeitos apresentavam-se como representantes de uma empresa de Contagem, em Minas Gerais, e ofereciam o produto a um valor inicial de R$ 3.800, garantindo que o produto seria milagroso e teria a cura para várias doenças articulares. Na verdade, o aparelho negociado é um simples aparelho de massagem, sem qualquer característica fora do normal, cujo valor de mercado gira em torno de R$ 80 a R$ 120, de maneira que os golpistas conseguiam obter um lucro elevado por cada negociação”, explica Lucas Sá.
Os suspeitos foram autuados por estelionato e associação criminosa. “A DDF seguirá nas diligências necessárias ao esclarecimento de toda a conduta criminosa, de maneira que mais pessoas deverão ser presas nas próximas horas e todos os suspeitos poderão responder a outras condutas criminosas, como crimes tributários e lavagem de dinheiro, a depender do andamento das investigações”, completa o delegado.
Quem souber algo sobre a quadrilha pode efetuar denúncia pelo telefone 197, que garante sigilo ao informante.
Portal Correio