A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu nesta sexta-feira (10) suspender temporariamente a venda de 35 planos de saúde de sete operadoras no país em função de reclamações dos clientes.
As empresas que tiveram a venda de planos suspensos são: Unimed-Rio, Associação Santa Casa de Saúde de Sorocaba, Ecole Serviços Médicos, Saúde Serra Imperial, Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas, Saúde SIM e Federação das Sociedades Cooperativas de Trabalho Médico do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.
A lista com todos os planos suspensos também pode ser acessada no site da ANS.
A suspensão começa a valer a partir da próxima sexta-feira (17). Entre as reclamações estão problemas com a cobertura do plano, demora no atendimento e exames negados.
Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil. Os planos de saúde suspensos possuem juntos cerca de 230 mil beneficiários. Para esses clientes a assistência será mantida. O objetivo da medida é que as operadoras resolvam seus problemas assistenciais para que possam receber novos beneficiários.
Se melhorarem o serviço prestado e tiverem redução do número de reclamações, as operadoras poderão ter a comercialização liberada no próximo ciclo, daqui a três meses, de acordo com a ANS.
Das sete operadoras com planos suspensos neste ciclo, três já tinham planos suspensos no período anterior (3º trimestre), e quatro não constavam na última lista de suspensões.
Paralelamente, 10 operadoras poderão voltar a comercializar 46 planos que estavam impedidos de serem vendidos. De acordo com a agência, isso acontece quando há comprovada melhoria no atendimento aos beneficiários. Das 10 operadoras, sete foram liberadas para voltar a comercializar todos os produtos que estavam suspensos, e três tiveram reativação parcial.
No período de 1º de outubro a 31/12/2016, a ANS recebeu 16.169 reclamações de natureza assistencial em seus canais de atendimento.
Outro lado
A Unimed-Rio informou que a suspensão de produtos não traz qualquer impacto no atendimento aos clientes, que permanece normalizado. Em nota a empresa afirma que este ciclo de suspensão se refere ao trimestre de outubro a dezembro de 2016 e não reflete o momento atual da cooperativa, que superou todas as metas de redução de reclamação de clientes para a ANS (NIPs) firmadas no Termo de Compromisso assinado com diversos órgãos públicos e com o Sistema Unimed.
Pelo documento, as metas de redução eram de 5%, 10% e 15% para dezembro, janeiro e fevereiro, respectivamente, em comparação ao volume de reclamações de setembro. A empresa afirma que os índices atingidos pela cooperativa foram 36%, 45% e 58% também respectivamente.