O encontro entre a água do Rio São Francisco com a o atual espelho d’água do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, a 185 km de João Pessoa, aconteceu às 20h desta terça-feira (18). A informação foi confirmada pelo diretor-presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), João Fernandes.
A estimativa inicial da Aesa era de que o encontro das águas acontecesse 45 dias depois de aberta a comporta para o Rio Paraíba, em Monteiro, no Cariri, a 305 km da Capital, mas acabou ocorrendo em um tempo mais curto, após 41 dias. A comporta foi acionada no dia 10 de março pelo presidente da República Michel Temer.
“A vazão da água que está chegando ainda será medida. Nesta terça fizemos medições em Monteiro, que apresentou 7,7 metros cúbicos por segundo, em Poções (7,4 m³/s) e em Camalaú (7,3 m³/s). No açude de Boqueirão vamos marcar dois ou três pontos estratégicos para medir a vazão”, contou João Fernandes.
De acordo com o diretor-presidente da Aesa, só após se calcular a vazão que chega a Boqueirão será possível fazer uma estimativa de data para a sangria do reservatório e a continuação do trajeto da água pelo território paraibano.
Boqueirão
Com o pior nível desde a fundação, no fim da década de 1950, Boqueirão começa a receber as águas do Rio São Francisco com a expectativa de sair do volume morto em até três meses. O açude abastece 1 milhão e 18 cidades.
Boqueirão tem capacidade para armazenar até 411.686.287 de m³ de água, mas está com pouco mais de 11,9 milhões, segundo os dados da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa). Para sair do volume morto, ele precisar ficar com o nível de água acima de 8,2%.
PB HOJE, G1 e Portal Correio