Mais dois estrangeiros, um libanês e um iraquiano, foram presos, na tarde da última sexta-feira (21), em João Pessoa, suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada na falsificação de documentos públicos no Brasil.
De acordo com o delegado de Defraudações, Lucas Sá, a polícia recebeu uma denúncia anônima de que o iraquiano Hussein Ali Hussein, e o libanês Bahaaeddine Nasser estavam hospedados em um hotel da orla de Tambaú e teriam vindo a João Pessoa para auxiliar os suspeitos presos pela polícia no dia 12. No momento da prisão, Hussein Ali Hussein recebeu uma ligação telefônica do irmão Feras Haussn, que foi detido no início do mês suspeito de também integrar a mesma organização criminosa.
Já o libanês Bahaaeddine Nasser, mora no Brasil há mais de oito anos. A dupla confessou atuação conjunta há vários anos, mas se negaram a revelar detalhes.
A polícia conseguiu encontrar diversas conversas recentes entre os suspeitos e outros membros da organização criminosa. A partir dessas conversas, foram identificados outros integrantes do grupo que atuam foram do estado.
Os dois tiveram a prisão convertida em preventiva, mas mesmo assim aguardarão a realização da audiência de custódia, que deve acontecer na tarde desta segunda-feira (24).
Lucas Sá disse que as investigações confirmaram que a organização criminosa atua em diversos estados do Brasil, contando com um elaborado esquema criminoso e com a colaboração de funcionários públicos e de diversos cartórios. O grupo negociaria documentos públicos brasileiros (certidões de nascimento, identidades, passaportes e outros documentos) que seriam posteriormente revendidos a estrangeiros de diversos países, dentre eles Arábia Saudita, Iraque, Síria, Líbano e Paquistão, que não preenchem os requisitos para estadia legal no Brasil.
G1