A operação Sem Fronteiras, realizada na quarta-feira (10) com objetivo de desarticular uma quadrilha que agia em Alagoas e outros estados, apreendeu cerca de R$ 10 milhões em mercadorias roubadas. A informação foi repassada durante entrevista coletiva na tarde desta quinta (11), na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL).
Foram 20 presos, sendo que 6 já estavam no sistema prisional de Pernambuco. Segundo investigações da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), a quadrilha agia em estradas roubando vários tipos de cargas e agindo com brutalidade.
Dentre os integrantes da quadrilha estão o vereador de Garanhuns, Mário dos Santos Campos Júnior; o chefe do grupo, Cícero dos Santos Camilo; a assessora parlamentar do vereador e esposa do chefe da quadrilha, Luciana Ferro de Lima Camilo; e o tenente da polícia militar Djoou Silva de carvalho.
Depois de roubada, a carga era levada para galpões em Pernambuco para serem vendidas por um empresário conhecido do vereador. Dois galpões da quadrilha foram encontrados pela polícia, cada um com cerca de R$ 5 milhões em mercadorias roubadas.
“O vereador participava da organização através do armazenamento em galpões e com sua influência, conseguia vender os produtos. O PM era o principal braço armado. Utilizava da sua carteira para levar a carga para Pernambuco. A Luciana atuava como contadora, assim como a influência do vereador. O dinheiro da venda dos produtos era usado para financiar a candidatura do vereador”, disse o delegado Guilherme Iuesten.
Também foram presos Bruno José da Silva Filho, Augusto Lucas Pinto Gomes, Ivan Patrick Teixeira de Souza, Jean Pierre Maldine da Silva, José Wildson de Albuquerque , Cícero Maurício Alves, João Paulo dos Santos e Leandro Aristides Bento.
Já dentro do sistema prisional de Pernambuco, Jefferson Ricardo de Oliveira Santos, Gilson Barbosa Xavier, Adevanilson Pereira da Silva, Erlan de Araújo Novaes, Paulo Cesar pereira e José Ademilton Oliveira Constantino também receberam voz de prisão.
“Recebemos uma missão do secretário no sentido de que identificássemos organizações criminalidade em todo o estado, em especial a roubo de cargas, que às vezes não incomoda tanto a sociedade, mas que fomenta uma organização criminosa por trás e que quase ninguém era preso. Missão dada é missão cumprida. A quadrilha já chegava atirando para depois render, sequestrar e manter em cárcere o motorista”, disse o coordenador da Deic, Mário Jorge.
G1