Um homem de 45 anos foi preso suspeito de estuprar a enteada, de 14 anos, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. De acordo com o delegado Darlson Macedo, o homem se dizia pastor e usava desse artifício para conquistar a confiança de crianças. Segundo a polícia, ele já foi condenado por estuprar a filha, na época com 12 anos, e estava foragido.
“Ele atraía as crianças sob o pretexto de participar de projetos sociais. Suspeitamos que ele tenha usado isso para abusar dos jovens. Percebe-se que ele é um abusador contumaz. As crianças estão abaladas como qualquer vítima desse tipo de violência. Esse é um crime que deixa sequelas. Então, precisa de acompanhamento psicológico e muito apoio”, pontuou o delegado.
A polícia ainda investiga o envolvimento do homem num caso de violência sexual no estado da Paraíba. “Ele viajava para o estado em missões da igreja da qual ele é membro. Ele usava isso quase como um disfarce. Ele se passava por pastor, por evangélico, e utilizava desse artifício para praticar a violência”, detalhou Darlson.
No caso da filha, ocorrido em 2010, foi a mãe da menina que notou o abuso e denunciou o ex-companheiro. Ainda segundo o delegado, ele aproveitava os dias que tinha direito de estar com a filha para estuprá-la. Ele fugiu assim que foi denunciado. “Nesse caso agora, foi o pai biológico que percebeu que a filha estava sendo abusada. Até então, não imaginava que era pelo padrasto”, explicou.
O homem nega todos os crimes. Ele foi preso no bairro de Vila Rica, em Jaboatão dos Guararapes, durante uma das suas missões pela igreja. A identidade dele foi mantida sob sigilo para proteger a filha e a enteada. O suspeito foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.
G1