A quadrilha que foi presa nesta terça-feira (20) por trocar cartões de banco e causar um prejuízo de R$ 1,5 milhão às vítimas, tinha um lucro de R$ 50 mil por mês com a venda dos produtos adquiridos com os cartões furtados. Segundo a Polícia Civil, o grupo que atuava na Paraíba e no Rio Grande do Norte mantinha uma “vida de ostentação”. Foram apreendidos carros avaliados em R$ 200 mil.
A esposa de um dos homens de 39 anos, apontado como líder da quadrilha, ostentava em uma rede social com bebidas caras, cortes especiais de carnes e presentes do marido.
O suspeito de ser líder da quadrilha era o responsável pela abordagem das vítimas nas agências bancárias e pela obtenção das senhas de acesso aos cartões bancários, segundo a Polícia Civil. Ele seria proprietário de um comércio na cidade de Parnamirim, Rio Grande do Norte, local em que possivelmente negocia os produtos adquiridos com as condutas criminosas.
Quando o homem foi preso, um revólver calibre 38, cocaína, maconha, smartphones sem origem comprovada, cartões de crédito em nome de outras pessoas e três veículos foram apreendidos. O suspeito já respondia pelos crimes de estelionato, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa.
O primo do suspeito de liderar a quadrilha tem 32 anos e é apontado como responsável pela logística da associação criminosa (aquisição e venda de produtos adquiridos pela quadrilha) e pela clonagem de cartões de crédito. Ele morava em Rio Tinto, na Paraíba, e mantinha uma loja onde vendia os produtos adquiridos com os crimes.
Este homem já foi preso em três estados diferentes (Bahia, Piauí e Distrito Federal) por clonar e trocar cartões, segundo a polícia.
O terceiro suspeito também tem 39 anos e é motorista de transporte alternativo em Guarabira, região Agreste da Paraíba, onde morava. Ele também é apontado como responsável pela abordagem das vítimas nas agências bancárias e pela obtenção das senhas de acesso aos cartões bancários. O suspeito também servia como motorista da quadrilha, auxiliando nas fraudes.
Ele já foi preso duas vezes por estelionato e receptação.