O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior ( PMDB), é citado como potencial integrante de uma possível organização criminosa na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (PMDB) ao Supremo Tribunal Federal.
Janot sustenta que a organização criminosa era dividida em alguns setores.
“Verificou-se a atuação de organização criminosa complexa, estruturada basicamente em quatro núcleos: a) O núcleo político, formado por partidos e por seus integrantes; b) o núcleo econômico, formado por empresas que eram contratadas pela Administração Pública e que pagavam vantagens indevidas a funcionários de alto escalão e aos componentes do núcleo político; c) o núcleo administrativo, formado pelos funcionários de alto escalão da Administração Pública; e, finalmente; d) o núcleo financeiro, formado pelos operadores que concretizavam o repasse de propinas.”
Além de Manoel Júnior, são citados na possível organização Aníbal Gomes, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Lyra Alves, Alexandre Santos, Altineu Cortês, João Magalhães; Nelson Bournier, Solange Almeida, Andre Esteves, Fernando Antônio Falcão Soares, Andre Moura (filiado ao PSC); Arnaldo Faria de Sá (filiado ao PTB), Carlos Willian (filiado ao PTC) e Lúcio Bolonha Funaro.
Conforme a denúncia, em relação ao PMDB, as evidências apontam para uma subdivisão interna de poder entre o PMDB com articulação no Senado Federal e o PMDB com articulação Câmara dos Deputados.
A denúncia ainda destaca que o “PMDB da Câmara dos Deputados” atuava diretamente na indicação política de pessoas para postos importantes em determinados setores, sobretudo da PETROBRAS e da Caixa Econômica Federal.
Além disso, eram responsáveis pela “venda” de requerimentos e emendas parlamentares para beneficiar, ao menos,
empreiteiras e banqueiros.
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