Passados 50 dias do encontro das águas da transposição do Rio São Francisco com o espalho d’água do Epitácio Pessoa, conhecido como Açude de Boqueirão, no Cariri paraibano, o volume do manancial que recebe as águas mais que dobrou. Em 18 de abril deste ano, data do encontro das águas, Boqueirão estava com 11,9 milhões de m³ de água, que representava 2,9% do volume total, o pior índice da história. Nesta quarta-feira (7), o volume alcançou 5,9% da capacidade total, de acordo com a .
Os dados são da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), que registrou que Boqueirão está com 24.301.286 m³ de água. O manancial tem capacidade para armazenar quase de 411,7 milhões de metros cúbicos de água.
Volume morto
Mesmo com a boa recarga neste 50 dias, o açude continua no volume morto. Por conta disso, Campina Grande e outros 18 municípios abastecidos pelo Açude de Boqueirão vão continuar em racionamento de água. Desde dezembro de 2014, as cidades estão em racionamento.
Segundo a Companhia de Água e Esgoto do Estado da Paraíba (Cagepa), para sair dessa situação de volume morto, o nível do açude precisa atingir no mínimo 8,2% da capacidade total. Com a atual vazão que chega através da transposição do Rio São Francisco, a previsão é de que o açude saia do volume morto no mês de julho deste ano.
Racionamento
O gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes, explica que mesmo que a companhia quisesse encerrar o racionamento, tendo em vista que o açude está recebendo recarga constante de água, a incapacidade técnica impede.
“Como o açude está no volume morto, o sistema de captação de água de fundo não funciona, por causa da entrada de ar. Para captar a água ainda estamos usando o sistema de bombas elétricas de captação flutuante. Esse impedimento técnico é o que está mantendo a necessidade do racionamento”, disse ele.
G1