A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do hospital Hapvida, em João Pessoa, foi interditada eticamente pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), na manhã desta quinta-feira (6). A unidade contava apenas com uma médica, que era responsável também pela UTI Neo-natal e pela Sala de Parto. O CRM-PB verificou também, durante a fiscalização, a falta de médicos pediatras no ambulatório pediátrico do hospital. Havia três médicos, mas nenhum com esta especialidade.
“Não há condições de uma mesma médica atender três setores ao mesmo tempo. A UTI pediátrica não conta com uma escala de plantão e, quando há partos, a única médica se ausenta da unidade de terapia intensiva. Isso não pode acontecer”, destacou o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.
Ele acrescentou que no momento da interdição não havia nenhuma criança internada na UTI Pediátrica do hospital. “A UTI continuará interditada até que o hospital, em um prazo de sete dias, contrate, pelo menos, mais um pediatra para estas unidades”, explicou o diretor. Enquanto isso, a unidade não poderá receber novos pacientes.
Segundo João Alberto, outros setores do hospital também estão com carência de médicos, o que compromete o atendimento. “Faremos novas inspeções no hospital e não descartamos a possibilidade de interdições em outros setores”, completou.