Após ser adiada, aconteceu nesta sexta-feira (27) a audiência de instrução dos envolvidos no assassinato do estudante de veterinária Marcos Antônio Nascimento Filho, que aconteceu dentro de uma padaria de João Pessoa, em junho de 2016. A audiência aconteceu no 2º Tribunal do Júri do Fórum Criminal da capital paraibana. A irmã de Marcos, Maria Celeste de Medeiros, é acusada de planejar o crime.
A juíza ainda vai decidir se os réus vão responder em liberdade e se vão ser levados a júri popular. Pela manhã, foram ouvidos os delegados participaram da investigação do caso – Aldroville Grisi e Júlia Valeska.
“Existem áudios na interceptação telefônica em que Celeste orienta a Raynara, ao comparecer na delegacia, pois ela já havia sido intimada, a fazer um retrato falado diferente, um retrato falado falso, para que não houvesse o reconhecimento de um dos executores que esteve na padaria”, afirma delegada.
O advogado de defesa de Maria Celeste de Medeiros e da namorada dela, Werlida Raynara, acusada de ser a cúmplice, orientou a irmã da vítima a permanecer em silêncio durante a audiência. Também preferiram permanecer em silêncio os acusados Nielson da Silva e Severino Fernandes.
“A lei garante este direito a ela. A defesa entende que esta é uma tese que deve ser mantida pelo menos nesta primeira fase do tribunal do júri. Em relação a Raynara, a defesa vai explorar ao máximo de modo a conseguir provar que ela não teve sequer uma participação residual nesta trama”, diz o advogado Júnior Moura.
Marcos Antônio Filho, que tinha 28 anos, foi baleado na cabeça no dia 4 de junho de 2016 durante um assalto forjado à padaria que era gerenciada pela família dele, no bairro Jardim Luna, em João Pessoa. Dois homens armados entraram na padaria, renderam os funcionários e clientes, roubaram o dinheiro do caixa e a motocicleta da vítima que foi baleada e fugiram.
Representando o Ministério Público, atuou o promotor Edjacir Luna. Para o promotor, a expectativa do Ministério Público da Paraíba é de que todos os réus sejam levados a julgamento.
“Hoje exaure-se um sumário de culpa e em seguida há uma pronúncia em que os réus serão submetidos ao julgamento popular. Neste calendário (de 2017) não há mais tempo, mas o ano que vem, por volta de março ou abril, se não houver recurso – e a defesa fará isso para procrastinar, deve acontecer”, diz Edjacir.
Relembre o caso
Consta, nos autos da Ação Penal, que Werlida Raynara da Silva foi denunciada junto a Maria Celeste de Medeiros e mais seis pessoas, pela prática, em tese, do crime de homicídio praticado contra Marcos Antônio Nascimento Filho, assassinado mediante disparos de arma de fogo, no interior de uma padaria situada no Bairro Jardim Luna.
G1