A 3ª promotora de Justiça do Tribunal do Júri da Capital, Artemise Leal Silva, requisitou a realização de diligências para elucidar o caso de uma ossada humana encontrada no 1º Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp) de Manaíra, em João Pessoa. Segundo a promotora, a ossada foi encontrada dentro de um saco de nylon por um agente de limpeza, em um beco, nos fundos do prédio onde funciona o Disp, no dia 27 de março.
Foi instaurado um inquérito policial pela 12ª Delegacia Distrital (que funciona dentro do Disp) e realizada a perícia criminal pelo Instituto de Polícia Científica (IPC). O laudo antropológico do IPC aponta que se trata da ossada de uma pessoa do sexo masculino, com idade estimada entre 23 e 57 anos.
A causa da morte foi um ferimento penetrante no tórax causado por projetil de arma de fogo. “O laudo mostra que foi encontrado um orifício compatível com projetil no osso esterno, que é um osso do tórax”, explica a promotora. Ainda segundo o laudo, não foi possível precisar a data da morte.
A promotora requisitou o depoimento da agente de limpeza que encontrou o saco com os ossos, a data de construção do prédio, se houve reforma, se há câmara instalada dentro da unidade e outros. “Requisitei todas as diligências necessárias para a elucidação do fato, mas até agora não obtive resposta. Vou requisitar em caráter de urgência a Polícia Civil para ver se chegamos a autoria e a vítima. Solicitei também lista de pessoas desaparecidas da região”, disse a promotora.
Além das diligências, a promotora vai encaminhar ofício ao secretário de Segurança e Defesa Social do Estado e aos órgãos correcionais para que tomem conhecimento do ocorrido.