O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Operação Lava Jato, disse, em entrevista ao programa Conexão Roberto D’Ávila, da GloboNews, que tem recebido ameaças e que está “efetivamente preocupado” com a segurança de sua família. O tom das mensagens motivou o magistrado a pedir providências à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, e à Polícia Federal.
O ministro não diz na entrevista de que forma ele e seus familiares foram ameaçados e não faz relação das ameaças com nenhum processo sob sua responsabilidade. A entrevista vai ao ar nesta terça-feira, às 21h30, na GloboNews. Fachin é relator de todos os processos relativos à Operação Lava Jato no Supremo envolvendo autoridades com foro privilegiado e tem adotado, em seus julgamentos, posição majoritariamente desfavorável aos réus.
“Nos dias atuais, uma das preocupações que tenho não é só com julgamento, mas também com a segurança de membros de minha família. Tenho tratado desse tema e de ameaças que tem sido dirigidas a membros da minha família”, disse.
Segundo o relator, algumas medidas já estão sendo tomadas. “Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu efetivamente ando preocupado com isso e esperando que não troquemos a fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema”, complementou.