O desembargador João Benedito da Silva, relator no processo da Operação Xeque Mate, converteu em medidas cautelares as prisões preventivas decretadas contra o vereador de Cabedelo, Rosildo Pereira de Araújo Júnior, e o servidor Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho, presos no último dia 3 de abril suspeitos de participarem de um esquema criminoso que teria desviado R$ 30 milhões no município. Os alvarás de soltura foram expedidos na noite dessa segunda-feira (23).
Outras nove pessoas foram presas pela operação, dentre elas, o prefeito Leto Viana (PRP) e sua esposa, a vereadora Jacqueline Monteiro, também do PRP. De acordo com a decisão do magistrado, os suspeitos ficam afastados de suas funções públicas para preservar a investigação policial, que ainda está em curso.
Com a decisão, Rosildo e Gleuryston terão que se recolher em suas residências no período noturno, das 22h às 6h do dia seguinte, e nos dias de folga (fins de semana e feriados); não se ausentar dos limites das Comarcas de Cabedelo e João Pessoa sem autorização judicial, devendo, em casos de necessidade de urgência, comunicar, posteriormente, no prazo de 48 horas; e não frequentar bares, casas de jogos de azar, casas de shows e teatros.
Os suspeitos estavam recolhidos no 5º Batalhão da Polícia Militar da Capital, por determinação do relator.
Rosildo Pereira de Araújo Júnior (vereador) – De acordo com as investigações, há indícios de que seria o responsável por capitanear o suposto esquema de distribuição de propinas entre os vereadores da base aliada do prefeito. Também teria participado do esquema de desvio de dinheiro dos salários de servidores ‘fantasmas’ e de uma possível prática de lavagem de dinheiro.
Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho – Os autos apontam que o servidor seria o suposto operador financeiro do vereador Rosildo Pereira e, em tese, o responsável por operacionalizar os desvios mensais de recursos da folha salarial.