A vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) afirmou nesta segunda-feira (16) que ouvirá a população sobre uma possível candidatura sua ao Governo do Estado nas eleições de outubro. Ela admite entrar na disputa, revelou ter o desejo de governar o estado e defendeu a continuidade do trabalho desenvolvido por Ricardo Coutinho.
“Eu não vim falar expressamente de candidatura, embora eu tenha vontade sim de ser governadora. Eu trabalho todos os dias como vice-governadora para melhorar a vida das pessoas. Eu já tenho o apoio do meu partido e agora vou escutar as pessoas para lá na frente tomar essa decisão sobre candidatura”, explicou em entrevista ao Correio Debate, da 98 FM.
Lígia ressaltou ter ficado honrada quando o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lançou seu nome para a disputa. No entanto, a vice-governadora ressaltou que há tempo para tudo. “Há tempo de plantar e de colher. Agora estou plantando. É tempo de escutar as pessoas”, afirmou.
Ela evitou falar abertamente sobre rompimento político com o governador Ricardo Coutinho e acrescentou que defende a continuidade de ideias que garantiram avanços para o estado e afirmou que não ouviu qualquer palavra do governador que desabone sua conduta. Para ela, as ações desenvolvidas pela gestão são ideias que não pertencem a uma única pessoa.
“Sou vice-governadora do estado da Paraíba. Quando aceitei convite para fazer parte do governo, larguei minha vida e passei a ser uma funcionário pública. Venho me dedicando todos os dias. Eu defendo a continuidade deste projeto”, afirmou, ressaltando que não citaria nomes, mas as ideias que defende. “Eu defendo o que faz bem para a Paraíba”, frisou.
Ela lembrou que ainda no mês de janeiro concordou com a possibilidade do governador cumprir o mandato integralmente. “Quando ele se posicionou emiti uma nota reiterando meu apoio à decisão dele. Foram esses os fatos. No mais ocorreram comentários e ‘disse-me-disse”, afirmou, referindo-se às críticas que recebeu de auxiliares do governador.
Sobre um possível conflito entre uma candidatura sua e a de João Azevêdo, nome do PSB para a disputa eleitoral, Lígia afirmou ser perfeitamente normal candidaturas que defendem bandeiras semelhantes. “É perfeitamente normal. Isso é uma possibilidade”, afirmou.
Lígia, que foi alvo de ataques principalmente do secretário de Comunicação do Estado, Luis Tôrres, afirmou que não se rebaixaria e acrescentou que, apesar de ser “mansa” tem posições firmes e sabe ir para o enfrentamento quando necessário. Ela considerou um “delírio” a declaração de Tôrres de que ela teria criado um governo paralelo.
“Um fantasia, delírio, invenção. Nunca houve o que ele falou. Eu sou vice-governadora. Como poderia existir um governo paralelo? Isso é uma invenção”, avaliou.
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