O presidente do Sindicato dos Motoristas de Cargas Perigosas na Paraíba, Emerson Galdino, informou que a “greve vai continuar e agora ainda mais forte”. Diferente do acordo assinado na noite de ontem, o sindicalista apontou apenas para o fornecimento de 30% de combustível para serviços essenciais.
Governo e representantes de caminhoneiros chegaram a um acordo, que prevê a suspensão da paralisação por 15 dias. Em troca, a Petrobras mantém a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias enquanto o governo costura formas de reduzir os preços. A Petrobras mantém o compromisso de custear esse desconto, estimado em R$ 350 milhões, nos primeiros 15 dias. Os próximos 15 dias serão patrocinados pela União.
O governo também prometeu uma previsibilidade mensal nos preços do diesel até o final do ano sem mexer na política de preços da Petrobras e irá subsidiar a diferença do preço em relação aos valores estipulados pela estatal a cada mês. “Nos momentos em que o preço do diesel na refinaria cair e ficar abaixo do fixado, a Petrobras passa a ter um crédito que vai reduzindo o custo do Tesouro”, disse o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.
Ao que parece, o acordo não agradou a todos. O Sindicato dos Motoristas e Ajudantes de Entregas da Paraíba também informou que os protestos nas rodovias federais do Estado também vão continuar.
Enquanto isso, a população sofre com a falta de transporte coletivo, vias interditadas e filas quilométricas para abastecer os veículos.