O custo da cesta básica subiu no acumulado nos primeiros meses de 2018, segundo levantamento com 20 capitais divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com a pesquisa, em todas as cidades pesquisadas há alta acumulada no custo dos itens considerados básicos. A maior elevação foi registrada em Vitória, onde, de janeiro a abril deste ano, o custo da cesta básica subiu 6,39%.
No entanto, considerando a comparação entre abril do ano passado e o mesmo mês deste ano, ainda há recuo de valores e todas as cidades. A maior queda nessa base de comparação foi registrada em João Pessoa, onde o preço médio da cesta básica caiu 12% em 12 meses.
Custo volta a cair em abril
Na passagem de março para abril, a cesta básica ficou mais barata em 16 capitais, ainda segundo o Dieese.
A maior queda de preços foi registrada em João Pessoa, onde o custo da cesta básica caiu 4,02%. Já o maior aumento foi em Goiânia, com o custo da cesta subindo 1,49%.
No mês passado, o Rio de Janeiro liderou a lista das capitais com a cesta básica mais cara, com valor médio de R$ 440, enquanto a cidade com o menor preço é Salvador, com R$ 325.
Salário mínimo deveria ser de R$ 3,6 mil, diz Dieese
Com base no preço da cesta básica do Rio de Janeiro, o Dieese estima que, para manter uma família de 4 pessoas por um mês com suprimento dos itens básicos, o salário mínimo deveria ser de R$ 3.696,95. Esse valor equivale a quase 4 vezes o valor atual do salário mínimo estipulado pelo governo federal, de R$ 954.
A pesquisa mostra ainda que, em abril, o trabalhador que recebe um salário mínimo comprometeu, em média, 43% de sua remuneração líquida para comprar os itens da cesta básica.