A justiça converteu a prisão temporária em preventiva de três das oito pessoas envolvidas na morte do empresário Arnóbio Ferreira Nunes, de 77 anos, morto em novembro do ano passado, no bairro de Manaíra, em João Pessoa. O crime teria custado cerca de R$ 120 mil, segundo informações da polícia. A informação foi divulgada pelo programa Correio Verdade, TV Correio.
Nesta sexta-feira (29), chegaram a Penitenciária Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, na Capital, o genro do empresário Cícero Antônio da Cruz Almeida, o Tony Almeida, apontado pela Polícia Civil como sendo o articulador do crime, Carlos Rogério da Silva Pereira, o intermediador e Josivaldo Pinheiro da Silva, que seria o executor do crime. Segundo a PC, o dinheiro teria sido repartido em R$ 50 mil para Rogério e R$ 70 mil para Josivaldo.
Foram liberados Raquel ( esposa de Carlos Rogério), Fernando Ferreira, Debora Regina da Silva, José Ricardo e Ailton. Todos estavam presos na Central de Polícia Civil na Capital.
O delegado Aldrovilli Grisi, que comanda as investigações, informou que outros cinco envolvidos foram liberados da prisão. “Essas pessoas continuam sendo investigadas, mas não foi pedida a conversão a prisão porque entendemos que elas não iriam atrapalhar as investigações”, esclareceu.
Herança
Uma herança estimada em R$ 70 milhões. Esse, de acordo com o delegado Aldrovilli Grisi, pode ser o motivo do crime encomendado por Antônio Cícero, genro do empresário assassinado Arnóbio Ferreira.
“Não temos provas cabais nesse sentido, mas tudo aponta que se trata de motivações financeiras. Está em jogo aí um patrimônio estimado em média de R$ 70 milhões”, disse o delegado.
Segundo ele, o inventário está correndo em segredo de Justiça. Ainda segundo o delegado, o empresário Antônio Cícero era a pessoa que controlava a família, estava a frente de todos os atos e não queria perder o controle dessa situação.
“Também temos provas de que ele (Antônio Cícero) tinha um dívida muito extensa com a vítima”, informou Aldrovilli durante coletiva sobre o desfecho e conclusão do crime.
“Desde o início das investigações nós sabíamos que existia, dentro do vínculo de relacionamento interpessoal da vítima, o senhor Arnóbio, alguém repassando informações privilegiadas para os executores”, declarou o delegado.
Entenda o caso
O empresário do ramo da construção civil era Arnóbio Ferreira Nunes, que foi morto em plena manhã do dia 24 de novembro de 2017, no bairro de Manaíra.
Ele havia acabado de chegar num estabelecimento num carro com um motorista não identificado. Assim que desceu do veículo, o idoso foi abordado por um homem de moto e executado a tiros.
PB HOJE