João Pessoa sedia neste sábado (21) a 8ª edição da Marcha da Maconha. O evento ocorre a partir das 14h no Parque da Lagoa. Após a concentração, eles irão seguir até o Centro Histórico da Capital. O lema desta edição é “Liberdade aos corpos pelo cultivo de vida”.
Algumas das lutas do movimento são: o fim do genocídio e encarceramento das juventudes pretas, pobres e periféricas e contra todas as violências de gênero, entre outros.
Sérgio Duarte, que faz parte do coletivo construtor da marcha, apontou alguns dos posicionamentos da organização da marcha.
“A pauta da marcha se resume no lema “Liberdade aos corpos pelo cultivo de vida” e têm alguns tópicos que a gente elenca como principais pontos de sustentação da afirmação da luta em si. O debate das drogas tem uma densidade que acaba atravessando alguns contextos que parecem ser bem opostos à questão, mas pelo contrário. Para quem busca entender, consegue perceber nitidamente esta relação, uma das coisas é a questão do genocídio da juventude negra que é um tema que é muito caro para uma grande maioria da população brasileira”, explicou.
Sérgio ainda respondeu sobre os críticos da marcha que alegam que os manifestantes usam do movimento para consumo da maconha. Para Sérgio, isto não faz sentido.
“Eu acho um absurdo tão grande, porque quem fuma maconha, não precisa de uma marcha para isto. É claro que existe toda aquela carga, lugares que é mais complicado para fazer uso. Quem fuma sabe que esta ideia de proibir o uso não consegue se legitimar nos planos práticos. O uso de maconha da marcha não cabe à organização. A gente está para unificar as pessoas que fazem uso. Se estas pessoas fazem uso na marcha, é o direito delas de se expressarem e a gente estará ali para defender estas pessoas. Ninguém está incentivando a fazer o uso de maconha na marcha”, finalizou.