A conjunção de Lua nova com o pico da principal chuva de meteoros do calendário anual promete um espetáculo nos céus para a madrugada de domingo para segunda-feira, dias 12 e 13 de agosto. Trata-se da chuva de Perseidas, que acontece quando a Terra cruza uma região do espaço repleta de fragmentos deixados pela passagem do cometa Swift-Tuttle, que visita o centro do Sistema Solar a cada 133 anos. A previsão é de que até 150 meteoros — conhecidos popularmente como estrelas cadentes — cruzem os céus a cada hora, incluindo algumas bolas de fogo.
O Hemisfério Norte tem visão privilegiada para o fenômeno, porque a constelação de Perseus, onde os meteoros se concentram, é visível durante toda a noite. No Sul, ela só surge durante a madrugada. No Rio de Janeiro, por exemplo, o radiante — ponto de onde os meteoros irradiam — só surgirá no horizonte por volta das 2h30. De acordo com o site Time and Date, o momento ótimo para observação será por volta das 5h, pouco antes de o Sol raiar.
Então, quanto mais ao norte, melhor a observação. Em Boa Vista, por exemplo, o radiante surge no horizonte por volta da meia-noite e o momento ótimo de observação vai até amanhecer.
A chuva de meteoros de Perseidas está ativa desde 17 de julho e vai até 24 de agosto, mas o pico, quando o planeta passa exatamente sobre o rastro do cometa, acontece entre os dias 12 e 13 de agosto, na madrugada seguinte da Lua nova. Sem o brilho lunar, as estrelas cadentes devem se destacar ainda mais na escuridão do céu noturno.
Recomendações para ver o fenômeno
A recomendação para quem quiser acompanhar o fenômeno é procurar uma região com pouca luminosidade, fora das grandes metrópoles, e olhar na direção norte. O uso de aplicativos de smartphones, como o Sky Map ou o Sky View, facilitam a localização da constelação de Perseidas. A consulta à previsão do tempo pode evitar frustrações. Para o Rio de Janeiro, o ClimaTempo indica noite com muitas nuvens.
Apesar do grande número de meteoros, os riscos de que algum fragmento sobreviva chegue a tocar o solo são pequenos. Diferente dos asteroides, que são compostos por metais, os cometas são compostos por minerais, que dificilmente sobrevivem à entrada na atmosfera da Terra.