O Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (Numol) divulgou laudo pericial que reforça a suspeita de que Márcio José Silva Tavares, de 30 anos, o padrasto da criança de um ano e quatro meses de idade, morta no dia 5 de agosto, em Queimadas, cidade do Agreste da Paraíba, agrediu e matou o enteado, Davi Luca.
O delegado responsável pelo caso, Cristiano Santana, informou que o documento desmente a versão da mãe da criança, dada no Hospital Geral de Queimadas e à Polícia Civil. Ela sustentou que o filho foi atingido por um cabrito no dia anterior e por isso começou a passar mal.
Mas de acordo com o laudo, a lesão encontrada no baço da criança leva rapidamente à morte e o menino não sobreviveria até o dia seguinte, quando foi levado para a unidade de saúde, em um domingo.
“O mais interessante é que o laudo mostra que a lesão da criança foi causada no domingo e não no sábado como a mãe tinha dito e por isso ele não teria como sobreviver. Ele não especifica com que objeto o ferimento foi causado, mas diz que foi um meio contundente, como uma forte pancada”, disse o delegado ao G1.
O suspeito de ter praticado as agressões está preso na Cadeia Pública de Queimadas. Ele foi preso no dia 10 de agosto. O delegado ainda deve ouvir familiares e colegas de trabalho da mãe e do suspeito para concluir o inquérito. De acordo com a polícia, o suspeito teria ameaçado a companheira e mãe da criança para que ela não contasse sobre o crime.
A mãe da criança disse que o filho estava chorando muito, ela tentou acalentar a criança, mas não conseguiu. O padrasto arremessou o menino no chão e começou a chutá-lo. Um dia depois, ela negou essa versão e voltou a afirmar que a morte do filho foi causada por uma cabeçada de um cabrito perto da casa onde morava, no Sítio Capoeira. O menino morreu após ser levado ao Hospital Geral de Queimadas.