A Paraíba conta atualmente com 1.866 agentes penitenciários para 13.062 apenados. O número foi apresentando durante entrevista, nesta segunda-feira (10), que detalhou ataque ao Complexo Prisional Romeu Gonçalves de Abrantes, que resultou na fuga de 105 presos após explosão do portão da unidade prisional PB1.
No momento em que os bandidos chegaram ao local a segurança era feita por 17 agentes e outros 12 policiais, número considerado suficiente pela Secretaria, que ressaltou que o ataque foi uma ação pontual. O presídio abriga atualmente cerca de 680 homens.
Entretanto, apesar da investida criminosa, quando questionado sobre ampliação do efetivo de agentes penitenciários, o secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca, afirmou que esse não é o momento para tratar o assunto e o relacionou com eleições.
Os bandidos se abrigaram no matagal que cerca a unidade prisional e de lá atiraram várias vezes, com armas de grosso calibre, contra o alojamento dos agentes penitenciários e guaritas dos policiais militares.
Os tiros ultrapassaram as paredes do presídio, o que obrigou os profissionais da segurança a buscarem abrigo. Neste momento os bandidos aproveitaram para instalar e detonar explosivos no portão da prisão.
Com acesso ao prédio, o grupo utilizou um alicate para quebrar o cadeado da cela e inicialmente resgatou Romário Gomes da Silva, o “Romarinho”. Conforme o Sérgio Fonseca, o alvo da ação era Romário. “As imagens mostram que ele é o primeiro resgatado, ao sair recebe um fuzil e passa a comandar toda a ação”, explicou.
Para a polícia, a atuação foi semelhante às de quadrilhas especializadas em ataques a instituições financeiras. Na entrevista foi ressaltado o “grande” apoio logístico dos bandidos e que a ação criminosa foi planejada detalhadamente.
Dos 105 presos, 41 foram recapturados. Mais de mil policiais fazem buscas para prender os outros fugitivos. Além de Romarinho, foram alvo do resgate os presos Antônio Arsênio e Ivanilson Pereira de Macedo. Livaci Muniz da Silva, conhecido por ‘Galeguinho’, não conseguiu fugir. Os quatro são responsáveis por ataque a um carro-forte que terminou em perseguição e troca de tiros com a polícia.
A Secretaria de Segurança e a Secretaria de Administração Penitenciária pediram que a população denuncie a localização dos fugitivos, porém, ainda não divulgou os nomes ou fotos dos apenados que ainda não foram capturados.