As imagens de câmera de segurança podem livrar o soldado Alexandre Gomes da acusação de participado da explosão de uma agência bancária da cidade de Jacaraú, no Litoral Norte. O caso aconteceu em setembro de 2016. O policial está preso na sede do 1º BPM desde o dia o 19 de outubro sob a suspeita de venda ilegal de anabolizantes em João Pessoa.
Conforme o advogado Luiz Pereira, que faz defesa do policial, em setembro de 2016, o banco foi explodido e dois dias depois o soldado foi preso por força de mandado de prisão temporária após, supostamente, ter sido reconhecido como integrante da quadrilha.
“A temporária foi convertida em preventiva e o soldado ficou 8 meses preso. Começamos a fazer o levantamento para provar que ele [policial] não teve nenhuma participação na explosão. A prisão dele foi solicitada pelo delegado do caso, após informações apontarem que uma pessoa com o mesmo porte físico do soldado ter participado da ação criminosa”, explicou o advogado.
Pereira disse que, por determinação judicial, a defesa conseguiu imagens do prédio onde o policial morava, além de circuito de estabelecimentos comerciais, que mostram a movimentação do policial no dia da explosão. “As imagens mostram ele saindo e chegando no prédio, onde saiu de casa para comprar remédio e açaí para a esposa. Essas imagens foram colhidas e integradas ao processo por determinação da justiça. Elas são fundamentais para provar a inocência do soldado”, disse.
Ainda segundo o advogado, os presos envolvidos na explosão negaram que o policial tenha participado do crime. O PM foi envolvido após as características físicas dele se assemelharem a um dos criminosos que foi visto no crime.
“Esse assaltante que parece fisicamente com o soldado Gomes morreu no combate com a PM do Rio Grande do Norte. Mostramos todas as imagens e conseguimos provar que o soldado não teve nada a ver com a explosão. Tão justo que Gomes deixou a prisão mesmo sem que a defesa tenha impetrado um HC. E por conta disso, o Ministério Público pediu a absolvição do soldado do crime. Inclusive, o delegado do caso não indiciou o policial. Mas, vamos conseguir provar que PM tem uma vida limpa”, explicou Luiz Pereira.
A defesa espera o desfecho do caso. Por causa desse processo, que ainda está em andamento, o juiz em audiência de custódia converteu a prisão flagrante em preventiva do soldado Gomes, que foi preso pela Polícia Federal, no dia 18 de outubro, durante a ‘Operação Jotunheim’, que visava combater a venda de anabolizantes.
O advogado de defesa, Luiz Pereira, negou que o soldado faça venda ilegal de anabolizantes e ressaltou que o seu cliente faz reposição hormonal de testosterona de forma legal sob a orientação de um endocrinologista.