Preso e afastado do cargo desde o dia 3 de abril pela Operação Xeque Mate, o prefeito de Cabedelo, Leto Viana, renunciou ao mandato, nesta terça-feira (16).
A carta renúncia foi apresentada no início da tarde, na Câmara Municipal. Com a renúncia, a Câmara Municipal deverá convocar novas eleições em um prazo de noventa dias.
“Leto renuncia ao mandato para deixar nas mãos da população fazer seu novo gestor ou gestora. Tendo em vista que os trabalhos da CPI são realizados de maneira tendenciosa e ele é vítima de uma orquestração política”, destacou o advogado Jovelino Delgado, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.
Para o advogado, como a renúncia acontece antes do término do biênio, a população deverá voltar às urnas em uma eleição direta para escolher novo prefeito.
Entretanto, de acordo com o advogado, a renúncia de Leto não é nenhuma confissão de culpa nas suspeitas que ele é investigado na Xeque Mate.
“Essa renúncia se dá em relação a CPI que foi instaurada e como estão sendo conduzidos os trabalhos. Basicamente isso e demonstrar que, em nenhum momento, o prefeito Leto Viana usou de modo escuso algum”, acrescentou.
Ele disse ainda que o prefeito interino, Victor Hugo, estaria arregimentando apoio político de parlamentares que participam da CPI através da indicação de familiares em secretarias do governo municipal.
Oposição vê manobra
Em contato com o Portal MaisPB, o presidente municipal do Psol, Marcos Patrício, que já apresentou na Casa pedido de cassação do gestor vê manobra na renúncia. Para ele, Leto Viana está renunciando para evitar a cassação do mandato e ficar inelegível por um período de oito anos.
“Isso não impede que o processo continue. É uma manobra para evitar a cassação e ficar inelegível. Mas não tem influência sobre o rito e nem o processo perde o objeto.
MaisPB