Está preso na carceragem da sede Polícia Federal em Cabedelo, o soldado da Polícia Militar da Paraíba Alexandre Gomes. A prisão aconteceu na manhã desta quinta-feira (18), quando ele foi levado para depor durante a ‘Operação Jotunheim’, que visava combater a venda de anabolizantes.
O soldado foi preso sob a acusação de venda de anabolizantes. Ele é proprietário de uma academia no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, que foi alvo da operação da Polícia Federal.
Alexandre foi ouvido pelo delegado Bruno Rodrigues, foi submetido a exame de corpo delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e será encaminhado para audiência de custódia nesta sexta-feira (19).
O advogado de defesa, Luiz Pereira, negou que o soldado faça venda ilegal de anabolizantes e ressaltou que o seu cliente faz reposição hormonal de testosterona de forma legal sob a orientação de um endocrinologista.
“O meu cliente foi encontrado com uma ampola de testosterona, mas não estava a venda. É de consumo próprio devido a reposição hormonal que ele faz. Estou com todas as receitas e vamos comprovar tudo durante a audiência de custódia”, explicou o advogado.
Operação
A Operação Jotunheim cumpriu três mandados de busca e apreensão em uma academia de ginástica no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, para coibir o comércio clandestino de anabolizantes sem registro na ANVISA.
Aproximadamente 25 Policiais Federais participaram da Operação. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Capital, com o objetivo de coletar provas e indícios para a responsabilização criminal dos envolvidos.
A ação policial aconteceu na residência de um soldado da Polícia Militar, identificado como Alexandre Gomes, e em uma loja de suplementos alimentares e academia de musculação de propriedade da esposa do soldado, localizada na Avenida Josefa Taveira.
A investigação, desenvolvida pela Polícia Federal, teve início após a apreensão de encomenda postal com grande quantidade de produtos farmacêuticos irregulares, que seriam comercializados em academias de João Pessoa.
A análise química dos produtos apreendidos revelou que se tratavam de medicamentos corrompidos, contendo substância química diversa da indicada no rótulo do medicamento.
O crime investigado (falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais) possui pena de até 15 anos de reclusão.
A ação de cumprimento das buscas acima referida contou com o acompanhamento de equipe da Corregedoria da Polícia Militar, tendo em vista que o principal investigado pertence aos quadros da referida instituição.
O nome da operação faz alusão à mitologia nórdica, referindo-se ao lar dos gigantes de gelo.