O protesto dos agentes comunitários de saúde contra o prefeito Luciano Cartaxo na Câmara Municipal de João Pessoa ganhou a adesão dos vereadores da bancada de oposição. Marcos Henriques e Raíssa Lacerda foram até os manifestantes para demonstrar seu apoio à pauta de reivindicação.
Eles chegaram a carregar o caixão simbólico feito com a foto do prefeito Luciano Cartaxo. E ainda depositaram flores próximo ao caixão e chegaram a acender velas.
O velório simbólico acontece como forma de protesto devido à situação precária que os agentes enfrentam no dia-a-dia de seus trabalhos.
A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) propôs um cortejo fúnebre para a casa do prefeito, no Bairro dos Estados. “Secretário Adalberto, aprenda a tratar o povo com dignidade. Se a gente leva agente de saúde, enfermeiro, dentista, médico, a gente é maltratado. Nós vamos bater nisso incansavelmente até conseguir o direito adquirido da categoria dos agentes. O PQAVS é uma verba federal, ninguém está pedindo favor, não. Esse dinheiro está sendo usado onde”, questionou Raíssa.
A agente de Saúde Célia Marques, uma das líderes do movimento, repudiou o desrespeito do secretário de Saúde. “Raíssa participou da reunião, Marcos Henrique, Milanez, Leo Bezerra, quer dizer que esses vereadores estão mentindo e só quem está dizendo a verdade é Adalberto? Porque Adalberto disse ontem que não fez nenhum acordo com essa Casa. Nós estamos lamentando a falta de respeito de Adalberto e vamos fazer hoje o enterro do prefeito, não há mais condições de trabalho, depois de seis anos sem reajuste, sem farda, sem material de trabalho”, ressaltou Célia.
Agentes de saúde protestam com caixão do prefeito Luciano Cartaxo na Câmara de João Pessoa
Nesta quarta-feira (21) a categoria também ocupou as galerias da Câmara como forma de protesto pela quebra de acordo por parte da Prefeitura de João Pessoa. Havia sido acordado o envio de um projeto para formalizar o pagamento da gratificação PQAVS.
No entanto, o secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, não cumpriu o prometido e o projeto do executivo não chegou para apreciação dos vereadores. Já existe uma lei que regulamenta o pagamento desta gratificação, no entanto, a forma de partilha deste recurso é questionada pela categoria.