Investigadores da Polícia Civil informaram, na tarde deste sábado (15), que o médium espírita João de Deus retirou R$35 milhões de suas contas bancárias na última quarta-feira (12), quando as denúncias de abuso sexual já eram públicas e estampavam as manchetes dos jornais.
O saque milionário motivou a Justiça de Goiás a acelerar a ordem de prisão, que foi emitida na sexta-feira (14). exatamente uma semana após a exibição do programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, que divulgou as primeiras denúncias de abuso sexual. A partir daí, outras mulheres que afirmam ser vítimas de João de Deus começaram a procurar as autoridades e a imprensa. De acordo com o Ministério Público Federal, foram feitas mais de 330 denúncias por pessoas de 13 estados do Brasil, além do Distrito Federal, e seis países.
Na parte da manhã deste sábado, a defesa de João de Deus informou que o religioso se apresentaria às autoridades, mas não dentro do prazo estabelecido, que era, a princípio, às 12h. Depois o prazo foi estendido para 14h e mesmo assim João de Deus não se entregou. Agora o religioso é considerado foragido pela Justiça e entrará na lista da Interpol para que possa ser preso em qualquer lugar do mundo.
O médium, que apareceu apenas uma vez – na quinta-feira (13) – desde que vieram à tona as denúncias, alega ser inocente.