O soldado da Polícia Militar que matou um jovem e feriu outro em uma pizzaria na noite dessa quarta-feira (12), no bairro do Bessa, em João Pessoa, se apresentou à Delegacia de Homicídios na manhã desta quinta (13), mas foi liberado para tratamento psicológico.
Conforme o advogado do autor do crime, Luis Pereira, o policial ficou abalado com o assassinato cometido por ele e será afastado das atividades operacionais da PM. A previsão é que ele seja direcionado para serviços burocráticos. O advogado acrescentou que o militar não atua como segurança da pizzaria Rodízio do Paulista, onde ocorreu o crime.
“Naquela gritaria ele achou por bem se ausentar do cenário porque imaginou que os amigos da vítima pudessem vir contra si, em um linchamento e ele teria que usar sua arma para se defender. Ele evitou, com sua ausência, que a tragédia aumentasse”, afirmou o advogado.
Pereira sustenta que antes de atirar seu cliente deu voz de prisão às vítimas, tese que é descartada por uma das testemunhas que estava no local. “Talvez ela não tenha ouvido, assim como a própria vítima falecida e a outra que está em atendimento”, pontuou.
Entenda
Um jovem morreu e outro está em estado grave no Hospital de Trauma de João Pessoa, após terem sido confundidos com bandidos por um policial militar em uma pizzaria, no bairro do Bessa, em João Pessoa, na noite desta quarta-feira (12).
Segundo informações da Polícia Civil, dois rapazes chegaram de moto ao local e após estacionar ficaram aguardando seus amigos para uma confraternização da empresa em que trabalham.
Em seguida, um carro a serviço de um aplicativo de transporte chegou e quando uma das vítimas foi até o carro, o policial atirou contra o jovem e o motorista do veículo. O outro rapaz se jogou no chão e gritou dizendo que não era bandido. Após os disparos o suspeito, fugiu do local.