Está preso na Central de Polícia Civil de João Pessoa, Alexandro da Silva Andrade, de 22 anos. Ele é o homem que desferiu mais de 40 facadas em pai e filho no bairro Ernani Sátiro, na Capital, no dia 12 de junho, por motivação passional.
Edmilson da Silva, que tinha 53 anos, trabalhava no ramo da construção civil e foi morto com pelo menos 35 facadas nas regiões do pescoço, tórax e abdome. Já o filho dele, Udenilson dos Santos, foi atingido com 14 golpes de faca. Ele chegou a passar meses internado, mas não resistiu as seqüelas deixadas pelas perfurações e também morreu.
Ele teve a prisão preventiva decretada pela justiça e se apresentou na noite desta terça-feira (4), com um advogado. Alexandro deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (5). A defesa já solicitou um habeas corpus.
À época, ele se apresentou um dia após o crime e livro a prisão em flagrante. Como havia mandado de prisão contra ele, Alexandro prestou depoimento e foi liberado.
A Polícia Civil, Alexandro confessou o crime. Segundo depoimento à polícia, ele disse que tinha um relacionamento amoroso com a esposa do homem que morreu e cometeu o homicídio porque ela se queixava de receber maus tratos do marido.
Em entrevista concedida à imprensa na Centra de Polícia quando se apresentou um dia após o assassinato, o suspeito mostrou bastante arrependimento.
“Me arrependi demais. A culpa foi toda dela. Faz um ano que conheci ela e três meses que tivemos relacionamento. Isso só aconteceu por causa dela, se não fosse ela, eu tava vivendo minha vida normalmente. Ela foi o pivô de tudo, ela não presta, não vale nada. O que aconteceu comigo, a culpada foi ela”, disse Alexandro.
Entenda o caso
Pai e filho foram esfaqueados enquanto trabalhavam em uma residência, na tarde da terça-feira (12), no bairro Ernani Sátiro, em João Pessoa. O filho ficou gravemente ferido e foi encaminhado para uma unidade de saúde, mas o pai não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
De acordo com informações da Polícia Militar, os dois homens haviam sido contratados pela proprietária da casa para realizar um serviço de alvenaria. Já no final da tarde, um homem bateu no portão da casa e foi atendido por uma das vítimas.
Segundo a PM, o suspeito entrou na casa e esfaqueou as vítimas. Não havia sinais de arrombamento na porta. Segundo o perito Aldenor Lins, o pai estava abaixado quando foi atingido primeiramente na nuca. Depois que caiu, ele foi esfaqueado pelo menos 35 vezes nas regiões do pescoço, tórax e abdome.
Conforme informou o Samu, o filho foi ferido com 14 perfurações, na parte de trás da cabeça, nas costas e no pescoço. Uma unidade de suporte avançado foi chamada ao local para levá-lo para uma unidade de saúde. Ele morreu meses depois no Trauma de João Pessoa.
PB HOJE