O delegado Hugo Hélder, titular da Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios), recebeu a imprensa no início da tarde desta segunda-feira, 18, para falar sobre o andamento das investigações referentes ao homicídio do taxista Paulo Damião, de 42 anos, ocorrido no fim da tarde da última sexta-feira, 15, nas proximidades do Supermercado Bemais, no Bessa.
Uma das principais informações repassadas por ele foi de que Gustavo Teixeira Correia, o atirador, não tinha porte de arma, apenas posse, o que lhe permitia mantê-la em sua casa e não levá-la consigo. Os projéteis coletados dentro do veículo do taxista foram de calibre 38. Segundo o delegado, seis tiros atingiram o taxista.
Ainda sobre o armamento, já que o corretor de imóveis havia publicado fotos portando armas nas redes sociais, o delegado admitiu que ele pode ter usado uma das que aparece nas fotos, mas não é possível precisar. “Ele frequentava um stand de tiros e as armas podem ser do estabelecimento. Podem não ser dele. Vamos coletar as provas materiais e periciais e dentro do prazo de 10 dias vamos concluir o inquérito e colocá-lo no banco dos réus”.
Outro dado importante é de que não houve discussão entre Gustavo e Paulo Damião: “As câmeras mostram que não houve discussão. O motorista sequer abriu o vidro e o corretor pode alegar um gesto, mas não houve discussão. Na audiência de custódia, Gustavo ficou calado e se apresentou com três advogados. Deixamos todas as nossas perguntas, mas ele não respondeu nada, o que era um direito dele”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Hugo Hélder, o motorista de Uber que levava Gustavo no momento em que ele atirou contra o taxista foi surpreendido pela atitude do passageiro. “Ele era motorista de Uber e havia prestado esse serviço outras vezes para ele, mas ficou surpreso porque não esperava que Gustavo agisse daquela maneira”.
Com Parlamento PB