A Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa deflagram neste final de semana ação de combate à esporotricose no bairro de Mangabeira, conjunto Cidade Verde, área da cidade com maior incidência de animais acometidos pela doença. A esporotricose acomete, principalmente, os felinos e é transmitida por contato tanto entre os gatos, quanto do gato para o ser humano.
As atividades da ação tiveram início nesta sexta-feira (5) e terão continuidade neste sábado (6), das 8h às 12h, com o apoio das oito equipes de saúde da família do território.
Será realizado trabalho educativo com a população e uma busca ativa no bairro para identificar possíveis casos humanos e animais com esporotricose. “Vamos orientar a população sobre os cuidados com o meio ambiente para evitar a doença e quem apresentar sintomas será imediatamente atendido pelo médico”, explicou Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses.
De acordo com Nilton, será realizado um cadastro para todos os animais do território que necessitarem de atendimento médico veterinário e outro para cirurgias de castração. Em caso de dúvidas sobre a ação, a população pode se dirigir à USF Verdes Mares ou USF Cidade Verde, em Mangabeira. Posteriormente, outras áreas do município também serão visitadas.
Esporotricose – É uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que pode acometer animais e seres humanos. Geralmente, a doença afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode também afetar ossos, pulmão e articulações.
A qualquer suspeita de esporotricose, o animal deve ser levado ao médico veterinário ou, em casos de seres humanos, o paciente deverá se consultar com um dermatologista e infectologista para que diagnóstico e tratamento sejam feitos corretamente. O diagnóstico é feito, primeiramente, a partir da análise dos sintomas que a doença apresenta e, após isso, materiais biológicos que a ferida produz.
Assistência – No Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz) é ofertado o atendimento médico veterinário aos animais com suspeita da doença, além do exame clínico e laboratorial para diagnóstico. Caso a doença seja confirmada, o dono do animal recebe as orientações necessárias de como proceder e prescrição para o tratamento. O Sistema Único de Saúde (SUS) não fornece medicamentos para tratamento do animal com esporotricose.