O empresário da construção civil George Ramalho Barbos foi preso na manhã desta quarta-feira (10) em um prédio de luxo localizado na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, em Tambaú, na orla de João Pessoa.
Ele é dono da empresa Coenco Construções Empreendimentos E Comercio Ltda.
A prisão faz parte da Operação Feudo, da Polícia Federal, que investiga fraudes em licitações e cumpre mandados de busca, apreensão e prisão na capital paraibana, em Cabedelo e em vários estados do Brasil.
O empresário, que responde ao processo desde 2013, foi abordado pelos agentes no seu próprio apartamento e depois encaminhado à sede da PF.
Não é a primeira vez que o empresário George Ramalho foi alvo de uma operação da PF. Ele já foi conduzido coercitivamente em 2016, na Operação Desumanidade, que investigou fraudes em licitações em Cacoal, Santa Luzia e Ministro Andreazza, em Rondônia.
A Operação Feudo, com o objetivo de desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos a partir de fraude em processo licitatório envolvendo recursos direcionados à obra de saneamento básico no município de Ministro Andreazza.
Segundo a PF, o trabalho conta com a participação de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), visando robustecer os dados coletados.
As investigações tiveram início ainda em 2015, com a finalidade de apurar suposta prática de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva entre outros, tendo em vista notícia-crime de suposta fraude no caráter competitivo do processo licitatório das obras de implantação de saneamento básico em Andreazza, o que foi confirmado no decorrer das investigações.
As análises indicam que os membros da Orcrim agiram em conluio para direcionar o vencedor do milionário contrato da obra de saneamento básico do município.
O valor da licitação vencida pela empresa para execução do saneamento básico foi de R$ 18 milhões e foram executados aproximadamente 65% dos serviços, porém já foram identificados cerca de R$ 3 milhões em prejuízos.
Mandados judiciais
A operação Feudo vai cumprir 16 mandados de busca e apreensão, 5 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de prisão temporária nos Municípios de Cacoal, Ministro Andreazza e Santa Luzia, em Rondônia e em João Pessoa (Paraíba), bem como a apreensão de bens.
Yves Feitosa/Flávio Fernandes/Assessoria